Porque é que o Mundo não me engole de tão pequena que sou?
Porque é que prefere divertir-se a ver-me patinar, nadar atrapalhadamente contra as marés?
Porque é que este Mundo não me engole de vez e apaga a memória do meu nome?
E se eu nunca tivesse nascido? Quem mal teria acontecido? Nenhum!
E se eu nunca tivesse dado um suspiro, aberto os olhos, estendido a mão?
Mas porque é que a Terra não se abre para me acolher no seu útero e eliminar desta superfície em que o sacrifício e a dor ainda são constantes?
Há dias, ou semanas, nem sei se não serão meses, que não consigo mesmo ultrapassar a tua falta e lá vem este estúpido desejo de te telefonar e de ouvir a tua voz. Apetece-me bater em mim própria! Raios! Como posso esquecer que nunca mais te vou ouvir?! Como posso andar tão atarefada, atrapalhada e estupidificada que perca noção da mais terrível certeza, a de que já cá não estás. Sim, bem posso ficar a chorar, na cama, no carro, onde me apetecer… porque os teus braços não vão nunca mais me envolver, nem o teu coração bater de maneira a cercar o meu.
Queria tanto falar contigo, mãe!
Porque é que não se abre o céu e me engole apagando a memória de meu nome?
Porque é que prefere divertir-se a ver-me patinar, nadar atrapalhadamente contra as marés?
Porque é que este Mundo não me engole de vez e apaga a memória do meu nome?
E se eu nunca tivesse nascido? Quem mal teria acontecido? Nenhum!
E se eu nunca tivesse dado um suspiro, aberto os olhos, estendido a mão?
Mas porque é que a Terra não se abre para me acolher no seu útero e eliminar desta superfície em que o sacrifício e a dor ainda são constantes?
Há dias, ou semanas, nem sei se não serão meses, que não consigo mesmo ultrapassar a tua falta e lá vem este estúpido desejo de te telefonar e de ouvir a tua voz. Apetece-me bater em mim própria! Raios! Como posso esquecer que nunca mais te vou ouvir?! Como posso andar tão atarefada, atrapalhada e estupidificada que perca noção da mais terrível certeza, a de que já cá não estás. Sim, bem posso ficar a chorar, na cama, no carro, onde me apetecer… porque os teus braços não vão nunca mais me envolver, nem o teu coração bater de maneira a cercar o meu.
Queria tanto falar contigo, mãe!
Porque é que não se abre o céu e me engole apagando a memória de meu nome?