Tudo gira, tudo cicla, tudo muda, excepto eu. Fiquei fixa, fiquei muda, fiquei vazia de vontades expressas. Fiquei triste, fiquei sua, fiquei seca entre flores silvestres. Poderão brotar flores de placas de zinco ou será fruto da imaginação d'alguém? Poderá brotar em mim a força ou será exigir demais? Exigir-me acreditar, lutar e arriscar perder. Arriscar o que já não tenho, perder o que não tive. Serei ainda pessoa? Serei ainda eu? O eu que fui, a garota que acreditou? Morri também, contigo, sou como tu, uma memória.
Antes tudo era possível, tinha uma plataforma (tu) e facilmente equilibrava sobre a cabeça o meu cristal precioso (a menina). Agora, movo-me em areias movediças, em terreno falso. Com quem conto realmente? A quem confio a integridade do meu cristal? NINGUÉM! Ninguém, e o peso do Mundo recai sobre mim. Sei que pouco valho, mas sou tudo o que ela tem e como tal, tenho de lhe valer. Deixei de ser "a" cuidada, para ser a cuidadora, deixei de ser a menina para ser a mãe. Deixei de ser minha para ser dela e de ser tua para ser de ninguém.
Inícios, fins, meios e fins... O que sei eu? Os fins, conheço-os bem; não percebo nada de recomeços, ansiei inícios e detestei meios. Sobre os fins posso eu falar, tudo me tem acabado sem ter antes começado.
Antes tudo era possível, tinha uma plataforma (tu) e facilmente equilibrava sobre a cabeça o meu cristal precioso (a menina). Agora, movo-me em areias movediças, em terreno falso. Com quem conto realmente? A quem confio a integridade do meu cristal? NINGUÉM! Ninguém, e o peso do Mundo recai sobre mim. Sei que pouco valho, mas sou tudo o que ela tem e como tal, tenho de lhe valer. Deixei de ser "a" cuidada, para ser a cuidadora, deixei de ser a menina para ser a mãe. Deixei de ser minha para ser dela e de ser tua para ser de ninguém.
Inícios, fins, meios e fins... O que sei eu? Os fins, conheço-os bem; não percebo nada de recomeços, ansiei inícios e detestei meios. Sobre os fins posso eu falar, tudo me tem acabado sem ter antes começado.