Monday, March 19, 2007
Grito
Quero gritar ao Mundo a minha dor. Quero fazê-lo tremer no meu tormento. Quero apagar o sol e fazer perdurar a escuridão. Quero queimar a minha roupa e ser EU tão só, nua e fria como quanto me sinto. A roupa não me serve de aconchego nem abrigo sem estares comigo, mãe. Quero gritar ao Mundo esta injustiça, quero dizer-lhe como o odeio, vazio e cruel que é. Quero gritar aos felizes que o pior está para vir, que tudo muda num segundo, que a perda é eterna e com ela vem o agoniante vazio.
A ti mãe, quero sussurar ao ouvido o que te amo e amarei, como me salvaste a vida, perdendo anos teus. Quero beijar-te o rosto e os cabelos, abraçar-te como nunca e pedir-te, suplicar-te que voltes para nós. Que voltes a iluminar-me, aquecer-me, aconchegar-me e acolher-me nos teus braços. Pequena que és, foste sempre enorme para mim.
Amo-te...
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