Friday, March 30, 2007

Sinto-me ir


Já não sou quem fui, sou o que ficou de mim... a mim, sinto-me ir.
Sinto-me ir devagar, fingindo que não me vejo sair. Vou ficar a fingir.
Cá ficarei, sem parte de mim. Vou ficando, desejando partir.
Não sei o que me poderá mais trair. Nada tenho, já parti.
Saí por debaixo da porta, voei pela janela. Não me encontras, já não estou aqui.
Fui para longe, para de onde saí. Não voltarei, nada tenho aqui.
Aqui fica quem não sou, quem nunca quis ser. Ficam as cinzas, os restos de mim.
Pálida e cinzenta sombra sou, a chama perdi, quando te perdi a ti.

1 comment:

Emanuel Carreiro said...

Hold on tight my friend. You will survive this. This dark storm will pass and their will be better days soon. Hold on tight. We will make this through.