Saturday, April 7, 2007

São de pedra


Tu não és aquela pedra que escolhi, não sorris como naquela fotografia. Tu és mais, és calor, uma côr, uma luz e uma canção. Tu és assim, minha mãe, meu amor, meu coração. Não estás ali, nem mesmo aqui, não sei de ti, não te encontrei. Dizem que sou tu, que sou assim também. Mas não sou...
Pedras são os outros, frios, duros e impenetráveis. E em breve o serei, porque me levaste tudo e me deixaste menina e mãe, sabendo que sem ti nada sei.
Visito a pedra à espera de te encontrar um dia, quente e sorridente e que me abraces como fazias, fundindo-me em ti e deixando que seja outra vez tua filha, teu fruto, teu amor. Deixa-me entrar no teu útero e esquecer a minha dôr.

2 comments:

ana said...

ta tudo lindo minha prima, nao concigo nem imaginar metade da tua dor, mas partilho a outra metade, tb tou sp a espera de a ver, as xs sonho com a voz dela, com a sorriso dela, o mundo e cruel leva sp quem nao merece...mas ficamos nos...tou ctg prima pa sempre pro que der e vier, e ela tb ta connosco, ela segue cada passo que tu das, que o tio da, que a princesa da, os meus, os da minha mae...todoossss acredita que ela esta mm agora a teu lado a acariciar te...in gods hands...love you...and the litlle one =))

Blondy said...

:-( e nada há a fazer amiga. O mundo morre só e o que é certo é que tudo é incerto e que ninguém se substitui na agonia da ausência. É assim, cruel e redundante. Adoro-te. Penso sempre em ti...