Não há dia em que não pense ou sinta saudades tuas. Sinto-me agora mais forte que antes mas muito pequenina. Ainda continuas comigo, mãe? Vês-me? Preocupas-te? Ainda olhas por mim? Podes rir-te e dizer "eu bem te dizia", podes inclusivé zangar-te comigo mas sinto falta da tua preocupação. Sinto falta de ter alguém a pensar em mim a todo o instante, alguém a quem confortar por simplesmente estar bem e segura. Faz-me falta sentir-me querida e acarinhada simplesmente por existir. Faz-me falta ouvir a tua voz a perguntar se estou bem e sentir que sim, agora que me perguntas, estou sim, só porque te ouvi e sei que me queres bem. Faz-me falta ver-te pequena mas enorme frente a mim com a determinação de uma leoa defendendo a cria e o seu futuro. Faz-me falta ter-te como rede onde posso cair sempre que faço asneira. Faz-me falta a tua companhia e o som que fazias ao mover-te pela casa. Faz-me falta que me perguntes se não como mais, se não tenho sono, se não me dói a cabeça por estar a ler com a luz fraca... fazes-me falta, mãe... e já não tenho quem se preocupe comigo... E com um sorriso lembro o que diz um pequenino angustiado frente ao seu pai: "Eu não quero ser crescido!"... nem eu queria, nem eu...
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