As flores que te ofereci foram compradas para mim. As flores que te ofereci vieram de uma filha que não eu mas como eu, de ela para mim. As flores que te deixei, espero que gostes, foram oferecidas a mim por quem não te perdeu a ti mas perdeu também a ligação a quem a pôs aqui. As flores que te ofereci não podiam pertencer a mais ninguém, eram tuas desde início. Essas flores são fruto das lágrimas que verti, do ombro que dei, da mão que segurei, da tarefa sobre que me debrucei para tentar dar o que desejo pudessem dar a mim. As flores que te ofereci são sinal do conforto que ofereci a quem, como eu, nunca mais vai abraçar alguém, beijar alguém, dizer a alguém o quanto o ama. Essas flores, minha mãe, são o meu telegrama para ti, o meu abraço, o meu beijo, o meu "amo-te". Já fenecem sobre ti mas o sentido do seu existir já foi cumprido totalmente no momento em que tas ofereci e, deixei sair de mim o pesar de não ter segurado também aquela mão até ao fim.
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1 comment:
I want you to know I still read your blogs. I will follow you in your pain until the end.
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